As férias de verão terminarão dentro de alguns dias, mas as criptomoedas ficarão connosco. Como é que os europeus utilizam o dinheiro digital durante o verão? Que transacções geridas por criptomoedas estão a liderar? E como é que as diferentes gerações de europeus, desde os millennials até à Geração Z, diferem na sua utilização de criptomoedas? Um dos estudos atuais nos dá essas respostas.
Uma das maiores bolsas de criptomoedas do mundo, a Bitget, perguntou [1]a mais de três mil europeus que utilizam ou detêm criptomoedas ou cripto-ativos como os utilizaram durante estas férias de verão.
No entanto, a amostra de inquiridos não incluía toda a população, mas apenas representantes de três gerações em idade ativa. Entre os inquiridos encontravam-se membros da Geração X (nascidos entre 1965 e 1980), que constituíam 44% da amostra, Millennials (1981 a 1996), que constituíam 38%, e Geração Z (1997 a 2012), cuja percentagem era de 18%. Aproximadamente um quarto dos entrevistados veio da Europa Oriental e três quartos da Europa Ocidental.
Uma descoberta importante do estudo é que há um forte crescimento na demanda por viagens que permitem o uso de criptomoedas. O motivo mais comum para usar criptomoedas durante as férias foi para lidar com transações de pagamento relacionadas às férias, com mais de 85% dos entrevistados citando esse motivo.
As despesas mais comuns pagas com criptomoedas foram compras diárias (58,9%), acomodação (58,6%) e transporte (55,2%). A principal razão pela qual os utilizadores de criptomoedas pagaram com dinheiro digital durante as férias foi para evitar taxas de conversão de moeda (51,5% dos inquiridos). O segundo fator mais importante foi a velocidade das transacções de pagamento (48,6 por cento).
Os europeus também apreciam o anonimato dos pagamentos em criptomoeda. No entanto, a importância deste fator varia consideravelmente de país para país. Por exemplo, 51% dos polacos mencionaram o anonimato, em comparação com 44% dos alemães. O interesse em adquirir conhecimentos sobre as novas tecnologias também foi muito importante. Esse motivo foi mencionado com mais frequência pelos italianos, em 46% dos casos.
O estudo também trouxe resultados interessantes de uma perspetiva intergeracional. Para a Geração Z, a razão mais frequentemente mencionada para usar pagamentos em criptomoeda foram as taxas baixas. Isso foi afirmado por quase 72% dos entrevistados desta geração.
Em contraste, a Geração X apreciou principalmente os programas de fidelidade ou a capacidade de pagar eletronicamente, mesmo em áreas muito remotas, com cerca de 47% dos entrevistados destacando esse fator.
O estudo também mostrou que ainda existem barreiras relativamente grandes para a adoção mais ampla de criptomoedas. O maior obstáculo citado pelos entrevistados é a baixa aceitação de criptomoedas por agências de viagens ou corretores, citada por mais de 58% dos entrevistados.
A segunda razão mais citada para o nível ainda relativamente baixo de uso de criptomoedas é a preocupação com a volatilidade de seu valor, mencionada por 42% dos entrevistados.
Os autores do estudo também perguntaram que tipo de criptomoeda os usuários preferem quando viajam. Descobriu-se que se trata de stablecoins (67% dos entrevistados), que têm um valor relativamente previsível.
Apesar de todas as dificuldades e obstáculos associados ao uso de criptomoedas para financiar despesas de férias, há um otimismo considerável entre os entrevistados em relação ao futuro. 91% dos entrevistados acreditam que o uso de criptomoedas em viagens e turismo se tornará ainda mais fácil e, portanto, mais difundido nos próximos anos.
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